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URGENTE: Guerra química contra comunidades tradicionais | Conselho de Direitos Humanos elabora relatório a partir de inspeção e recomenda atuação de instituições públicas na resolução do caso

No dia 3 de abril de 2024, o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Maranhão (CEDDH) conduziu uma inspeção in loco nas comunidades tradicionais de São José, Baixa Nova, Morada Nova, Buriti, Capinal, Santa Vitória, Passa Mal e Maresia, todas situadas na zona rural de Timbiras, no Estado do Maranhão. A ação foi realizada em resposta a uma denúncia de pulverização aérea de agrotóxicos apresentada pela Rede de Agroecologia do Maranhão (RAMA) e pela Federação dos Trabalhadores Rurais do Maranhão (FETAEMA) durante a sessão ordinária do Conselho, que ocorreu em 27 de março de 2024. Segundo a denúncia, a pulverização aérea de agrotóxicos sobre as comunidades foi realizada em 21 de março de 2024.



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Após a inspeção, o CEDDH elaborou um relatório técnico, reunindo os dados coletados em campo e uma análise sobre a conjuntura política e econômica, considerando os efeitos da ampliação da fronteira agrícola no Maranhão, a partir da constituição do Matopiba. O relatório aponta um cenário violento vivenciado pelas comunidades tradicionais, com exposição a agrotóxicos fortíssimos, que são lançados livremente por aviões e drones sobre residências e áreas de plantio, causando adoecimento, risco para a segurança alimentar e para o acesso à água, além de prejuízos financeiros a pelo menos 120 famílias.


Perna de um morador do território Campestre com feridas causadas pela pulverização de veneno


As denúncias sobre o uso indiscriminado de agrotóxicos por grandes fazendeiros e empresas no Maranhão têm se multiplicado, evidenciando o uso desses produtos químicos como armas, causando doenças e até mortes. Essa situação configura uma verdadeira guerra química, que visa a expulsão das comunidades de seus territórios.

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